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🇬🇧 Interview with Nycka Nunes - Part 1

Where did you grow up? Did that influence how you became the artist you are nowadays? I was born in Montes Claros - MG (Brazil), a city wit...

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Monday, 14 April 2025

🇧🇷🇵🇹 Como o BDSM contribuiu para eu ter uma vida amorosa mais significativa e fortalecer minha autoestima

Este é um texto sobre como o BDSM contribuiu para eu ter uma vida amorosa mais significativa e fortalecer minha autoestima. As influências desta referência aparecem de forma sutil nas obras de arte do projeto “As muitas nuances do amor”, que está em fase de captação de recursos e você pode contribuir para a realização dele. Saiba como aqui. Você não precisa entender ou concordar com minhas vivências para contribuir, porque faço arte - e conteúdo - para gerar reflexão, não para definir como os outros devem viver suas vidas. Eu sei que minhas experiências e pontos de vista são válidos, e que, para alguns, eles podem significar algo muito diferente da realidade que conhecem, gerando reflexões que contribuam com seu desenvolvimento pessoal.

Saber o que é BDSM é irrelevante para entender o contexto deste post. Se tiver curiosidade, siga meus perfis nas redes sociais que em outras oportunidades posso falar mais sobre o tema.

Eu sou Nycka Nunes, sou artista visual e neste blog compartilho minhas experiências de vida, reflexões, viagens, inspirações e outras questões ligadas ao meu trabalho artístico.

  1. O BDSM foi meu primeiro passo para conhecer os relacionamentos não monogâmicos éticos, e encontrar referências de relacionamentos que fizessem sentido pra mim. Quando conhecemos somente uma opção, achamos que vivemos uma escolha, mas na realidade vivemos sem escolha. Eu nunca vi sentido em relacionamentos monogâmicos, em largar uma pessoa que amamos porque também amamos uma segunda pessoa. Tenho isso em mente desde o início da adolescência e enquanto tentei ser monogâmica por falta de conhecimento de outras opções, e falta de autoestima pra me posicionar e expressar este meu pensamento, meus relacionamentos não duravam e eram vazios.
  2. O BDSM também foi o primeiro passo pra eu colocar meu prazer em primeiro lugar. Vindo de uma família parcialmente abusiva, e infelizmente convivendo muito mais com a parte abusiva, isso significa muito.
  3. O BDSM contribuiu para eu ter uma vida sexual mais criativa. Até ali, sexo com homens era algo mecânico e chato porque a maioria deles tem um script baseado em pornô como referência e não consideram o prazer da mulher com quem estão. Apenas agem como se fossemos todas iguais. Eu ainda não me permitia viver experiências com mulheres e não tinha muito conhecimento sobre o que me dava prazer para orientá-los.
  4. Certa vez, conversando com uma Domme, ela comentou que tinha vontade de usar roupas de couro o tempo todo. Eu, sendo stylist na época, não entendi o que a impedia. Talvez o tipo de roupa de couro que ela tinha em mente fosse diferente do que eu sabia ser apropriado o bastante pra a atividade profissional dela (que exigia trajes formais, e existem roupas de couro formais!). Aquela conversa, aliada a outras coisas relacionadas ao meu processo de cura dos abusos familiares, me fez perceber que eu não quero viver escondida, ser uma Domme que o namorado finge ser machão em público e vira um cachorrinho entre 4 paredes, ou que tem subs que só me servem em encontros casuais. Eu nem gosto do estereótipo de homem machão. E eu também não gosto desse teatro e gosto de envolvimento emocional real. Um homem submisso à sua mulher não é um homem que seja submisso a tudo e a todos, é um homem que coloca o prazer da sua companheira em primeiro lugar e tem prazer nisso.
  5. Não sou particularmente atraída por crossdressing. Eu gosto de homens que tenham seu lado feminino bem resolvido, que não forcem pra parecer machos, nem tenham fixação por um estereótipo de feminilidade. Homem que não tem medo de ser autêntico, não tem frescura de “o que os outros vão pensar?” E não se prende a estereótipos, a um manual de “como ser homem” ensinado por pais de mentalidade limitada. Vejo crossdressing e transexualidade como formas de estereotipar gêneros e isso vai contra qualquer noção de autenticidade (minha obra “Unyckeness" trata desse tema).
  6. Ao ampliar meu repertório através do conhecimento sobre relacionamentos não monogâmicos éticos e do BDSM, eu tive exemplos claros pra reforçar a crença que ser como sou é perfeitamente normal e aceitável, e que seguir a boiada sem que isso seja uma escolha de fato, somente pra se ajustar, é um desrespeito a si mesmo.
  7. Vencendo os sentimentos de não me encaixar no mundo, percebi que amor sozinho não basta pra um relacionamento funcionar. É preciso outros elementos importantes. E passei a avaliar tais elementos quando conheço alguém.

Acredito que ampliar o próprio repertório em vários campos da vida seja importante para qualquer ser humano ter uma vida significativa, e não apenas uma vida de robô, que só sabe seguir a boiada sem saber onde vai parar. E apreciar arte tem a ver com apreciar o raciocínio crítico e a própria habilidade de ampliar seu repertório e tomar decisões conscientes.

Leia a página “Maecenasship" para saber como apoiar meu trabalho. Para comprar obras de arte já criadas, leia a página “Buy art here”. Para encomendar obras de arte exclusivas, um ensaio fotográfico artístico, e outros serviços, veja a página de serviços.

Aos que acham que falar de minhas experiências amorosas e sexuais é falar demais, eu acho que não falar disso é se reprimir demais.

Respeite o direito autoral. A reprodução total ou parcial deste texto sem autorização por escrito da autora, especificando tipos de permissão de uso e períodos, é proibida.


Nycka Nunes

nycka@nyckanunes.art

Wednesday, 9 April 2025

🇧🇷🇵🇹 Pais superprotetores não existem

Pais superprotetores não existem.

Sou Nycka Nunes, sou artista visual, trabalhando com fotografia, pintura digital 2D e colagem digital, e neste blog falo do meu trabalho artístico, de quem eu sou, meu estilo de vida, o que me inspira e o que me faz refletir.

Como gente emocionalmente imatura tem o péssimo hábito de levar tudo pro lado pessoal, se você se sentir ofendido, procure um psicólogo pra resolver seu incômodo emocional em vez de ficar com raivinha de mim por ter tocado num assunto que você nunca ousou questionar. Se eu não citar seu nome e sobrenome abaixo, este não é um texto sobre você.

O que alguns chamam de pais superprotetores não passa de um nome açucarado para pais que vêem os filhos como suas propriedades, como seres (qualquer coisa menos humanos) sem qualquer capacidade de raciocinar por conta própria. E eles agem assim porque nunca tiveram capacidade de raciocinar por conta própria, nunca questionaram as atitudes dos próprios pais e simplesmente as repetem.

Quando um pai ou mãe impede um filho de tomar uma decisão que o filho é capaz de tomar, como o que vestir ou que cor ele gostaria que fossem as paredes do próprio quarto, esse pai ou mãe não está pensando no bem do filho. Está pensando apenas em si mesmo. Está repetindo padrões impostos pelos próprios pais, porque ele não teve a decência de buscar ajuda profissional pra tratar de tais crenças limitantes, e as está transferindo para os próprios filhos.

Ter filhos antes de buscar ajuda profissional (psicólogo, no mínimo) pra lidar com as próprias crenças limitantes, os próprios traumas e outras questões que podem afetar a educação da criança é um ato de irresponsabilidade e negligência. É comum, mas é irresponsável e negligente. Seguir a boiada é um sinal de pouca inteligência.

As pessoas aprendem a tomar decisões tomando decisões. Se o filho de alguém quer ir vestido de Rapunzel para a escola, e o pai quer proibi-lo porque Rapunzel é um personagem feminino, e o pai se incomoda por imaginar que isso signifique que seu filho seja gay ou trans, o pai é o problema. Se o pai se incomoda porque os outros talvez façam bullying, o pai é o problema. É a limitada capacidade dele de lidar com papéis de gênero, entendendo-os como se fossem algo fixo, e a necessidade dele de achar que existe uma única forma certa de meninos se vestirem que é o problema. Se não fosse isso, alguém fazer bullying com o filho dele seria algo com o qual ele seria capaz de lidar e apoiar a criança pra que ela lide com a situação de forma saudável.

Se uma garota quer sentar com as pernas abertas e sente-se confortável assim, em vez de proibi-la, por quê os pais não passam a vesti-la com shorts e calças em vez de lotar o guarda-roupas dela com vestidos e ficar proibindo a menina de se sentar de forma confortável pra ela? Idiotice, incapacidade de refletir e buscar soluções criativas, necessidade de se apegar a rótulos estúpidos sem questionar.

Arte existe pra quem busca ver as coisas por outros ângulos, pra quem busca exercitar o pensamento crítico, pra quem ousa confrontar verdades absolutas. Um dos importantes papéis da arte é sacudir aqueles velhos tapetes sob os quais as pessoas tentam esconder questões que sua criança interior foi proibida de questionar.

Para adquirir obras de arte criadas por mim, visite a página “Buy art here”. Você também pode encomendar obras de arte ou um ensaio fotográfico artístico na página de serviços e contribuir financeiramente para a realização de meus projetos artísticos através de mecenato e patrocínios na página “Maecenasship”.

Este é um texto original de Nycka Nunes. Respeite o direito autoral. Caso tenha interesse em reproduzi-lo total ou parcialmente, solicite autorização por escrito da autora, especificando onde será reproduzido, o contexto, e outras informações relevantes. Sem autorização, a reprodução é proibida.


Nycka Nunes

nycka@nyckanunes.art


Tuesday, 8 April 2025

🇧🇷🇵🇹 O que fiquei muito feliz por ter aprendido antes de ser tarde demais?

O que fiquei muito feliz por ter aprendido antes de ser tarde demais?

Eu sou  Nycka Nunes, artista visual trabalhando atualmente com fotografia, pintura digital 2D e colagem digital, e neste blog falo de meu trabalho artístico, do que me inspira, do que me faz refletir, sobre quem sou eu e meu estilo de vida.

Algo que fiquei feliz em perceber a tempo de evitar erros que muitas pessoas cometem é que amor só não basta pra relacionamento nenhum, seja com família, amigos ou namorados/esposos. E nem tudo que achamos ser amor, o é

Se não tem respeito, não vale a pena.

Se existem incompatibilidades relevantes, não vale a pena.

Se um não cuida do outro, se um não dá suporte ao outro e não inspira o outro a ampliar seus horizontes ao mesmo tempo que se sente inspirado pelo outro, não vale a pena.

Se existe controle excessivo, não vale a pena.

Relacionamentos são como esportes coletivos, como o nado sincronizado ou a patinação artística em dupla. Cada um tem de fazer sua parte.

Quando uma amiga minha estava lutando contra o câncer de mama, entrei num grupo de mulheres que estavam tratando a doença pra entender um pouco e poder apoiá-la. Nesse grupo algumas me rejeitavam, porque eu às vezes postava incentivos budistas da mesma forma que várias postavam incentivos católicos/cristãos, e elas se sentiam atacadas em vez de incentivadas. E algumas outras se aproximaram e criamos laços mais próximos. Uma dessas mulheres carregava a família nas costas antes da doença, era dessas que tudo em casa ela que fazia, e quando adoeceu ninguém sabia o que fazer. Aquilo marcou muito pra mim.

Eu trabalho desde os 5 anos e acabei sendo forçada a crer que meu valor estava no que eu fazia porque nunca fui encorajada a brincar pela minha família materna, só recebi cobranças e na vida adulta chegou um ponto que isso me destruiu e tive de me reconstruir.

Depois que mudei da minha cidade natal eu cultivava hobbies, como ir ao cinema, mas alguns eram mais uma forma socialmente aceitável de escapismo. Ler, por muito tempo, era minha droga…. eu lia pra não ter de falar com aquela gente desagradável da minha família materna. Eu lia porque não sabia o que fazer em determinada situação e não tinha com quem trocar idéia sobre o assunto. Eu lia sem parar porque me sentia só, mesmo cercada de pessoas, e nos livros (e nos cães e gatos) eu sempre tive boas companhias.

Quando conheci aquela mulher comecei a repensar essa crença sobre meu valor, e embora eu goste de ajudar as pessoas, de compartilhar experiências, etc, eu não quero ter por perto quem me veja só como alguém útil e quando eu preciso de um apoio ou estou sem dinheiro pra tomar um café no shopping aí eu deixo de ser uma amizade interessante e sou deixada de lado como um brinquedo velho. Acabei me afastando de muita gente por ver que me viam dessa forma, sem me dar valor e até tentando me diminuir, invalidando meus sentimentos e meus sonhos. Infelizmente, tanto minha amiga como a senhora que carregava a família nas costas faleceram. E isso reforçou minha decisão de não permitir que gente de mentalidade limitada afete minha vida.

Eu não preciso ficar mal pra ver quem me apoia de verdade, mas enquanto tudo está bem a gente pode se iludir que todo mundo nos ama, e nem sempre é verdade, como já dizia Leoni naquela música de quando eu era adolescente…

Tem um amigo meu da faculdade que mesmo eu tendo sido 1o. lugar no vestibular ele que me encorajou a estudar inglês. Eu sempre gostei de línguas estrangeiras. Minha família era demasiado repressora pra eu ter coragem de pedir, porque eles nunca aceitavam nada que era importante pra mim, mas quando ele me encorajou eu pedi e consegui. Esse tipo de amizade é importante pra mim. Estudávamos juntos com frequência durante o curso, até eu largar pra estudar publicidade e mantemos contato até hoje. Quem nos apoia nos encoraja a fazer coisas que estávamos sem coragem pra tentar, mesmo querendo. Coisas que vão nos ajudar a crescer e ampliar nossos horizontes. Um outro amigo, mais recente, também me encorajou a me desapegar do trabalho com moda. Ele mesmo estava em transição, querendo largar a banda onde era guitarrista, e hoje é assistente de fotografia no país onde mora, o que vejo como um incentivo, porque eu também trabalho com fotografia. Talvez eu o tenha incentivado, porque quando começamos a conversar ele estava tentando outra coisa (cantar), e quando postou algumas fotos de natureza eu fiquei encantada. Quero muito poder trabalhar com ele em alguns projetos artísticos no futuro.

Gosto de amigos assim, que buscam crescer, num sentido de ampliar os horizontes como ser humano, e me inspiram a crescer também. Ao longo da vida sempre fui de fazer amizade fácil com todo mundo e essa experiência de conhecer aquela senhora e de passar por dificuldades depois que minha avó materna morreu, em resultado de ver que minha família materna inteira me via como uma despesa e não como um ser humano, como algo que só tinha importância se eles pudessem me explorar sem me dar nada de valor em troca, ignorando tudo que era importante pra mim e passando por cima de meus limites, me fez repensar isso, e hoje estou menos fofa, menos simpática com gente que tem uma mentalidade vitimista, controladora ou qualquer coisa que me distancie de ser quem eu sou ou lembre vagamente os comportamentos tóxicos dos meus parentes por parte de mãe. Estou mais focada em quem quer crescer e contribui pro meu crescimento.

Se este texto de alguma forma te fez pensar, eu ficaria muito feliz se você puder contribuir para a realização dos meus projetos artísticos, como mecenas, patrocinador, adquirindo artes que já criei ou contratando meus serviços. Algumas das obras que já criei têm o amor como um dos temas centrais e um dos projetos atualmente abertos para contribuições financeiras de pessoas e empresas tem o amor como tema central.

Respeite o direito autoral. Se tem interesse na reprodução total ou parcial deste texto, solicite autorização por escrito e específica para a autora.


Nycka Nunes

nycka@nyckanunes.art


Monday, 7 April 2025

🇧🇷🇵🇹 27 referências tóxicas de amor

Muitas coisas que alguns de nós crescemos acreditando ser amor, por ver como exemplos de “amor" na família, no cinema, na TV, nas músicas, etc são comportamentos tóxicos, desrespeitosos e que não nutrem um relacionamento saudável. Provavelmente por isso o índice de divórcios é alto e o número de pessoas das novas gerações que não têm interesse em casar também é considerável. Mas ninguém precisa viver escravo dessas crenças limitantes.

Eu sou Nycka Nunes, sou artista visual e neste blog falo de arte, do que me inspira, do que me gera reflexões e de quem eu sou. Eu pratico o poliamor ético, portanto, quando falo de amor, não me limito ao amor de relacionamentos amorosos, falo de todo tipo de amor, porque pra mim só existe um tipo de amor, e o que diferencia um amigo de um namorado são outras coisas, que incluem atração sexual, mas não se limitam a ela.

Abaixo, 27 referências tóxicas de amor que podem estar te impedindo de ter uma vida autêntica e satisfatória.

  1. Sentimento de posse não é amor. Muita gente cria os filhos como objetos, comumente buscando somente ser obedecidos e satisfeitos pelos filhos, e assim os filhos crescem achando que tratar os outros como objetos é um sinal de amor. Não é.
  2. Brigas frequentes não são sinais de amor. Geralmente são sinais de incompatibilidades. Novamente, é uma referência falsa de amor que pode vir da forma como a pessoa foi criada por pais abusivos.
  3. Evitar discordar do outro não é sinal de amor. É falta de amor próprio.
  4. Controle excessivo do outro, do que faz, com quem, o que veste, etc não é amor. É sentimento de posse.
  5. Não saber imaginar sua vida sem o outro não é amor. É dependência emocional, baixa autoestima, trauma de rejeição, entre outras causas possíveis.
  6. Falta de privacidade (como querer saber as senhas do outro ou compartilhar as suas) não é amor.
  7. Quando o outro te afasta das suas amizades ou interfere nas suas amizades não é sinal de amor. Querer afastar o outro das amizades dele ou interferir nas amizades dele, também não.
  8. Te afastar dos seus hobbies não é amor. Querer afastar o outro dos hobbies dele, também não.
  9. Querer definir o que é melhor para o outro não é amor. É uma variação do sentimento de posse.
  10. Achar que precisa de um(a) namorado(a) para ser feliz é um sinal de que você não sabe o que é amor e não tem amor próprio.
  11. Não oferecer apoio ao seu par quando você sabe que ele/ela está com problemas não é amor, é negligência. O mesmo vale quando quem está com problemas é um amigo. Você não pode se achar amigo de alguém se não é capaz de apoiar a pessoa em momentos de dificuldade. Querer a pessoa por perto somente quando ela está bem é uma forma de objetificação.
  12. Não falar dos seus problemas para seu par não é amor. Leia o tópico acima e, se tem motivos pra não contar, também tem motivos para não estar mais num relacionamento com a pessoa.
  13. Relacionar-se com alguém sem ter em mente o que você busca para o futuro, para o relacionamento, sem avaliar se essa pessoa se encaixa na sua visão de futuro, suas compatibilidades e incompatibilidades, não é amor. Isso vale para todo tipo de relacionamento, inclusive amizades.
  14. Começar um relacionamento sem uma visão clara dos seus objetivos, expectativas, limites, etc não é amor.
  15. Anular-se para agradar o outro não é amor, ainda que um relacionamento saudável tenha espaço para cada um desenvolver-se, mudar, crescer, adotar novos hábitos. Saber o limite entre anular-se e buscar expandir seu repertório é essencial.
  16. Abuso psicológico (xingamentos, humilhações, ameaças, etc) não é amor. Num contexto de BDSM consensual isso é válido. Fora disso, não.
  17. Abuso financeiro (controlar as finanças e bens do outro) não é amor.
  18. Violência física ou uso de força física para controlar o outro ou interferir nos relacionamentos do outro não é amor.
  19. Negligência não é amor.
  20. Desrespeitar os limites do outro não é amor. Limites devem ser respeitados até quando você não ama o outro. Desrespeitar limites é um sinal de falta de caráter.
  21. Fazer joguinhos emocionais não é amor.
  22. Dizer não quando quer dizer sim e vice versa não é amor nem sinal de interesse. É sinal de imaturidade.
  23. Não ter limites não é amor, é imaturidade, baixa autoestima e desespero.
  24. Se importar com diferença de idade num relacionamento entre adultos não é amor. Idade não é relevante num relacionamento entre adultos. Idade não é sinônimo de maturidade emocional. Maturidade emocional requer esforço. Idade só requer ver o tempo passar.
  25. Achar que quem tem mais dinheiro na relação, ainda que temporariamente, é dono do outro e tem o direito de controlá-lo ou humilhá-lo não é amor.
  26. Se meter na vida do outro pra “ajudar”, sem perguntar se a pessoa quer esse tipo de ajuda, não é amor. Isso inclui coisas como tentar forçar a pessoa a se aproximar de alguém que ela detesta, ou tentar arrumar um emprego pra a pessoa sem saber se ela quer aquele tipo de emprego, por exemplo.
  27. Hierarquizar o amor é uma crença atrasada. Achar que um namorado ou namorada é mais importante que amigos (ou vice versa) é uma visão equivocada do amor, de quem nunca o experimentou, e apenas segue o que terceiros dizem, sem refletir. 

Siga meus perfis nas redes sociais para mais conteúdos sobre arte, desenvolvimento pessoal e outros temas que me inspiram.

Eu ficarei imensamente feliz se você adquirir minhas obras de arte (veja a página "Buy art here") e/ou se puder oferecer suporte financeiro pra eu realizar novos projetos artísticos (veja a página "Maecenasship"). Para encomendar uma obra de arte ou um ensaio fotográfico exclusivos, veja a página de serviços.

Respeite o direito autoral. A reprodução total ou parcial deste texto sem autorização específica da autora, por escrito, é proibida.


Nycka Nunes

nycka@nyckanunes.art

Monday, 10 February 2025

🇧🇷🇵🇹 Obra de arte: Unyckeness

Hoje falamos sobre “Unyckeness”, uma das últimas obras de arte que terminei. Você pode ver a obra clicando aqui. Para adquiri-la, visite a página “Buy art here”.

Sou Nycka Nunes, artista visual e consultora de estilo pessoal, marketing, branding, personal branding e negócios de moda. Neste blog, falo apenas sobre arte. Para outros serviços, você pode me contratar visitando a página “Serviços”, pois todos os meus serviços são personalizados e meus clientes contam com a expertise de uma profissional com décadas de experiência profissional e um repertório pessoal invejável.

No momento que este texto foi publicado, estou captando recursos para um projeto fotográfico. Caso queira contribuir, entre em contato comigo. Para colaborar financeiramente com a realização de outros projetos, leia a página “Maecenasship” neste blog.

“Unyckeness" é sobre dualidades, principalmente dualidades de gênero. Por isso, usei o azul e o rosa como cores principais.

Estamos habituados a ver o mundo em preto e branco… digo… em azul e rosa… porque sabemos que seres humanos geralmente nascem com órgãos reprodutivos masculinos ou femininos. Raramente alguém nasce com ambas as opções. E muitos de nós cresceram com a ideia de que o que temos entre as pernas determina como devemos nos comportar. E certamente isso já gerou inúmeros conflitos ao longo da história.

Em algum momento, podemos perceber que algo que gostamos não faz parte daquele padrão. A meu ver, isso não diz nada sobre nossa orientação sexual ou sobre nossa identidade de gênero. Lembro que, há alguns anos, atendi um cliente que estava relutante em vestir uma camisa com uma estampa azul de tulipas estilizadas, porque eram flores. Depois de vestir a camisa com o blazer que eu tinha em mente para usar em conjunto com a tal camisa, ele gostou da idéia e acabou levando a camisa. Certamente ele não é o único homem do mundo a ter crescido acreditando que estampa de flores é coisa de mulher. Devem existir alguns ainda por aí com essa mentalidade, vinda de uma educação repressora e fundamentada em estereótipos, não em entender o indivíduo que chegou em nossas vidas em forma de filho.

Note que a obra é composta por retângulos alternados de azul e rosa, como um tabuleiro de xadrez. Eu não tentei emular um tabuleiro com quadrados iguais e mesmo número de quadros, mas uma das minhas referências foi um tabuleiro de xadrez, como uma luta entre as crenças que nos foram impostas por nossos pais e aquelas que fazem parte de nossa essência.

As reflexões ligadas a esta obra dizem respeito ao quanto aceitamos nossos gostos, comportamentos e outras características que são estereotipadas como masculinas e o quanto aceitamos nossos gostos, comportamentos e outras características que são estereotipadas como femininas. Você se aceita por inteiro, ou só a parte de você que combina com os estereótipos ligados ao seu gênero biológico? E, se você é uma pessoa trans, você se aceita por inteiro ou só a parte de você que é o oposto do estereótipo de seu gênero biológico? Em ambos os casos, qual o peso dos estereótipos em sua vida, incluindo os estereótipos não ligados a gêneros. E qual o peso do que seus pais e sua família transmitiram em relação às suas crenças como ser humano adulto? Quantas dessas crenças e valores você questionou?


Nycka Nunes

nycka@nyckanunes.art

Thursday, 6 February 2025

🇧🇷🇵🇹 Obra de arte: Jam Jars

Voltando ao hábito de falar das minhas obras de arte, hoje é dia de falar de Jam Jars. Você pode ver esta obra clicando aqui (vai vê-la no meu perfil do Instagram).

Eu sou Nycka Nunes, artista visual, e neste blog falo do meu trabalho, inspirações, projetos e temas relacionados. No momento estou captando recursos para adquirir um espaço maior para trabalhar e também adquirir equipamento fotográfico. Caso possa contribuir, leia a página “Maecenasship" para conhecer algumas opções. Comprar minhas obras de arte disponíveis aqui no site também é uma forma de me ajudar a atingir estes objetivos.

Não gosto de me encaixar. Esta obra de arte é baseada na minha visão de pessoas que se diminuem para se encaixar em estereótipos, como o estereótipo de precisar de cabelo longo para ser feminina, ou de precisar se vestir ou se comportar de uma certa maneira para se encaixar em certos grupos sociais. Essa necessidade de encaixar-se me faz ver tais pessoas como potes de marmelada num supermercado, que precisam de rótulos para se descreverem.

Meu objetivo é provocar a reflexão, fazer com que quem vê a arte pense sobre o quanto de suas verdades e valores são realmente seus. Quantas referências diferentes eles buscaram? O quanto eles questionaram tais crenças e estereótipos?

Assim como estilo pessoal não tem rótulos, é muito limitador buscar se guiar por estereótipos para se encaixar. E ao mesmo tempo, creio que é preciso ter um equilíbrio, onde nossa individualidade não viole os direitos dos outros.

O pensamento binário em relação às coisas, em ver tudo como certo ou errado, como se a vida fosse uma prova de múltipla escolha onde cada questão só permite uma resposta certa e todas as outras são erradas, é uma visão limitadora.

Ontem vi uma questão numa rede social onde alguém perguntava se um homem que gosta de usar roupas femininas é gay. Será que a pessoa se limita tanto a ponto de ter medo de admitir gostar de algo porque isso seria um sinal de que sua orientação sexual é diferente do que ele acreditava? E se ele realmente gostasse de outras coisas que o homem hetero estereotipado “não deveria” gostar? Qual o problema? Ele SE vê como inferior se isso acontecer? 

Por muito tempo administrei uma página no Facebook (e anteriormente uma comunidade no Orkut) dedicada a mulheres de cabelos curtos. Várias comentavam que morriam de vontade de ter cabelos curtos, mas tinham medo de o namorado ou marido não gostar ou de não parecerem femininas. 🙄 Por outro lado, as mulheres trans geralmente buscam justamente a imagem estereotipada como feminina, de cabelos longos, entre outros estereótipos.

Pense que um dia vou visitar sua casa, e você me pergunta minha sobremesa preferida, para servir algo que me agrade. Eu digo que amo torta floresta negra. Você serve torta floresta negra na visita. Com o tempo nos tornamos amigos. E a cada vez que vou na sua casa, sempre a sobremesa é a mesma torta floresta negra. Em algum momento vou me cansar disso, porque também gosto de outras coisas e comer a mesma coisa todo dia enjoa. 

E eu não estou falando apenas de sobremesas e visitas. O raciocínio é similar para muitas outras situações. Servir torta floresta negra na sobremesa também não é a única forma de me fazer sentir acolhida e amada. Existem outras formas. Por eu saber quem sou, e entender a complexidade da minha personalidade, eu consigo entender de onde surgem essas limitações. Afinal, tive de lutar contra muitas delas para ser quem sou hoje. E por entender essa complexidade, consigo entender que a vida não é uma prova de múltipla escolha com apenas uma resposta certa para cada questão. Quão profundamente você se conhece? Quantas de suas crenças e valores você já procurou questionar, buscar alternativas, conhecer gente com experiências diferentes em relação àquele tema, com a disposição de ouvir sem julgar?

Se gostou dessa reflexão, adquira a obra de arte "Jam Jars", clicando aqui.


Nycka Nunes

Tuesday, 15 October 2024

🇧🇷🇵🇹 Autoaceitação e rótulos

Hoje quero falar de autoaceitação e rótulos. Estou trabalhando numa obra de arte que “fala” disso, e me deu vontade de escrever a respeito da autoaceitação e desse processo de reconhecer a mim mesma, perceber pontos que quero melhorar e tomar atitudes em relação a isso. É bom celebrar meus avanços nesse sentido.

Eu sou Nycka Nunes, uma profissional com múltiplos talentos (conheça os serviços que ofereço na página de serviços), e neste blog falo de tudo que me der vontade, porque eu o vejo como um canal de comunicação com as pessoas que admiram meu trabalho e querem conhecer o ser humano por trás dele. Além de artista visual, sou privilegiada por ter várias outras habilidades que também uso para ajudar pessoas e empresas, mediante remuneração (e tenho mais experiência nessas outras atividades que como artista visual). Para conhecê-las, leia meu perfil no LinkedIn.

O privilégio de ter múltiplas habilidades veio à custa de muito estudo e foco em aprimoramento constante. Capacidade de autoavaliação e curiosidade sobre múltiplos temas fazem parte de quem eu sou.

Desde o início de 2024 estou fazendo uma mudança gradativa na forma como lido com a criação de conteúdo e organização do meu trabalho. O passo inicial para essa mudança foi criar um planejamento detalhado para meus projetos artísticos. O passo seguinte foi planejar com antecedência os conteúdos pagos no blog e nas redes sociais e criar um planejamento de temas a serem abordados. Estou trabalhando na mudança no perfil do conteúdo sem patrocínios. A mudança vai assustar alguns, mas é necessária.

Decidi escrever este texto porque eu trabalho com marketing há anos, mas sempre fui muito intuitiva ao administrar minha marca pessoal. Achava que isso era importante para deixar a inovação fluir. Agora vejo que uma dose de organização e direção são importantes, mantendo um espaço para novas idéias, novas oportunidades. Decidi usar meu conhecimento no meu próprio trabalho. E a parte estratégica é fácil. O que me deu mais trabalho foi visualizar formas de conciliar objetivos e realidade, ver viabilidade no que tinha em mente. Um desafio constante na mente de pessoas inovadoras. E agora consigo perceber isso claramente.

Em alguns momentos dessa reorganização profissional eu hesitei entre deixar todos os meus serviços disponíveis ou apenas alguns. Decidi deixar todos disponíveis porque eu gosto de compartilhar conhecimento com quem paga por ele e gosto de contribuir com o sucesso de quem contribui para o meu sucesso.

Tenho lido muito sobre superdotação e isso tem me ajudado a lidar com essas dúvidas em relação a disponibilizar ou não todas as minhas habilidades profissionais como serviços. Eu não busco um diagnóstico de superdotação porque, a meu ver, ter um nome para ser como sou seria só uma forma de me justificar pro mundo. Eu não preciso disso. Eu sou como sou e nomear isso não faz diferença na minha vida. Dizem que superdotados nascem assim. Eu gosto de ler desde que sei ler. Mas sendo filha mais velha e tendo crescido num ambiente onde na maior parte do tempo eu não tinha suporte emocional nenhum, talvez eu seja assim porque era mais interessante buscar apoio nos livros que nas pessoas à minha volta. Ter a Dona Benta de Monteiro Lobato como suporte poderia ser melhor que ter algum adulto do meu universo real. Pagar psicólogo pra mim sem que os adultos fizessem terapia não é nada parecido com apoio emocional. E se sua opinião sobre isso for diferente da minha, ela não me interessa. O que eu precisava dos adultos à minha volta, na maior parte do tempo eu não tinha e isso é um fato.

A obra de arte que estou trabalhando no momento fala dessa questão do apego que algumas pessoas têm a rótulos, como se fossemos produtos numa prateleira de supermercado. Eu geralmente não me importo de os outros me chamarem disso e daquilo. Eu não sinto que rótulos sejam uma descrição de mim, por serem reducionistas demais. Eu sou um ser humano e não um pote de geléia. Só podemos conhecer seres humanos conversando com eles, e não julgando através das nossas crenças em relação a nomes usados para descrevê-los. É uma vergonha que tantas pessoas adultas ainda não entendam isso e sequer invistam em autoconhecimento, apenas sigam cegamente repetindo as “verdades" que lhes foram transmitidas por seus pais como se fossem verdades absolutas, como se a vida fosse uma prova de múltipla escolha onde só existe uma resposta certa para cada questão. Pessoas assim são entediantes! Quero mais o brilho das pessoas que buscam descobrir quem realmente são e serem escultores da própria personalidade, como eu faço.


Nycka Nunes

Monday, 23 September 2024

🇧🇷🇵🇹 Os hobbies da artista

Algumas pessoas tendem a ver a arte como hobby. Para mim, é trabalho. E quais seriam meus hobbies?

Eu sou Nycka Nunes, artista visual com ênfase em fotografia, graduada em publicidade e neste texto vou contar um pouco sobre meus hobbies.

Eu comecei a trabalhar aos 5 anos. Desde muito cedo, a literatura, a música e o cinema foram hobbies que amei. E também passar tempo com meus animais de estimação. Esses 4 interesses sempre fizeram parte da minha vida.

Na infância e adolescência tive uma imensa variedade de animais de estimação. Vacas, cavalos, porquinhos da Índia, coelhos, periquitos australianos, cabras, ovelhas, peixes, e, claro, cães. Existiam gatos na fazenda, mas não eram dóceis. Apareciam pra comer, e depois iam cuidar da própria vida. Gatos como animais de estimação surgiram na minha vida em 2011. Cães, gatos e cavalos são os animais que mais amo. 

Na infância, estudei piano, minha grande paixão na música, mas interrompi o curso desmotivada por não ter um piano em casa pra estudar. Também estudei balé, flauta doce e violão. Este, quando eu tinha 14 anos. Dessas experiências, somente o piano me atraía.

Na infância eu jogava futebol com os meninos do bairro. Também jogava queimada com os meninos e mais duas vizinhas. Na escola eu evitava praticar esportes. Amava caminhadas com meu cachorro. Ou sem ele. Com ele sempre era mais divertido. Também adoro andar de bicicleta. Recentemente descobri o bikejoring e como estou interessada em ter um cão de grande porte para me acompanhar quando saio para fotografar, pode ser uma opção interessante para praticar com ele também. Depois de parar de praticar atividades físicas regulares na pandemia, ainda não voltei ao meu ritmo normal e estou sentindo falta disso. Acho que só academia seria chato. Coisas para fazer com meu próximo cachorro me animam mais. Algo de academia também, possivelmente musculação. Apenas não quero fazer só isso e limitar atividades físicas a um espaço fechado.

Estou pesquisando a raça de cachorro mais adequada ao que tenho em mente. No momento, o Kuvasz parece ser meu assistente de fotografia ideal. Estou disposta a lançar a tendência de adquirir cães pensando nas características comportamentais da raça buscando alinhamento com o estilo de vida do tutor, e não somente em um aspecto bonitinho.

Além disso, jogar videogame e frequentar atividades culturais são outros hobbies que me agradam. E também cozinhar, quando posso usar a criatividade para criar receitas, ou quando experimento receitas que ainda não conheço. Não é algo que eu goste de fazer todo dia. Prefiro comer em bons restaurantes. Mas quando a criatividade entra em campo eu a deixo livre.

Eu tenho vários interesses que ainda não coloquei em prática também e gosto de estar aberta a conhecer outras possibilidades. Compartilhe seus hobbies nos comentários. Talvez eles me inspirem ou inspirem alguém.

Empresas interessadas em divulgar seus produtos e serviços relacionados a hobbies podem ler a página "Maecenasship" para saber como me inspirar a novos conteúdos sobre o tema.


Nycka Nunes